quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Vida de olhos abertos...

Pronto.
Acabou.
Antes não queria esquecer, agora é o que mais quero.
Mudo minha vida - tudo, cidade em que moro, celular, gosto pelas comidas que gostava - para chegar um dia em que não mais me lembrarei das coisas que vivia.

Los Hermanos - Tenha Dó
Marcelo Camelo
Não vou mais te perdoar, Você foi longe demais
Meu amor, não sou tão só assim

Não consigo entender me trocar por outro alguém
Traição já é demais, então você me diz

Que me ama, que sem mim você não vive
Que foi apenas um deslize, que você preza pelo meu
amor

Tenha dó, não mereces o afago nem de Deus nem do
Diabo
Quanto mais da mão que um dia eu dei pra ti

A saudade vai bater mas o meu amor se vai
Tempo voa e quando vê já foi

Não me fale de nós dois, não preciso mais saber
Indo embora, deixo-te um adeus ao vir dizer

Que me ama, que sem mim você não vive
Que foi apenas um deslize, que você preza pelo meu
amor

Tenha dó, não mereces o afago nem de Deus nem do
Diabo
Quanto mais da mão que um dia eu dei pra ti...

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Le coeur

O coração quebrado está.
Partido em milhões pedaços.
Brilham suas últimas faíscas
que em uníssono já cantaram.
Emitindo luz tal que se assemelhava ao luar.
Roubou-me o coração inteiro e agora o devolve aos cacos.
Este coração agora descansa em paz.
Ele foi teu e seu permanecerá.
Não mais me pertence o coração inanimado.
Batia por ti, e por ninguém mais pulsará.
Tum.
Último suspiro do coração agora morto.

Cultivo outro agora no lugar.
Bate, coração, bate.
Pulsa forte e novo, abre tuas portas
e, sem lágrimas mais, exalta-te.
Para que possa alguém, um dia quem sabe, vir e me roubar.
E vivo a perder corações.
Mas não me canso de os cultivar.
Muitos, sempre.
Para que veja seus clarões
e, assim, possa, doloso, viver o meu sonhar.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

De ti, já experimentei quase tudo.
A certeza do amor e a dor da incerteza.
Os olhos ardentes de desejo e o sozinho por necessidade.
A tristeza da partida e a alegria incomensurável do reencontro.
Sorrisos incontroláveis e lágrimas incontáveis.
O calor do abraço e a depressão da solidão.
As semelhanças que surgem das diferenças e as diferenças que se exaltam por falta de semelhanças.
O precisar estar junto e o estar junto sem nem precisar.
A vontade de o tempo passar num piscar de olhos para te ter e o interminável rezar para que o tempo pare no momento em que te olho.
De ti já experimentei partilhar casa e comida.
Já experimentei, contigo, tornar a minha e a tua vida em nossa.
Já experimentei, de ti, o amor sem dúvidas e receios. E agora experimento, tudo muito novo para mim, o receio de viver sem o seu amor.
Nova é esta expêriencia, em que tenho que te ter ao meu lado sem abraçar-te, beijar-te ou até mesmo desejar-te, lá no fundo, para que me olhes com ternura e amor.
Novo é o sentimento que tenho que enfiar em mim, sem vontade, de não necessitar ouvir tua voz para que o caos pare.
Novas são muitas coisas.
Será que, na verdade, de ti não experimentei quase nada?

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Número da sorte.

Existem várias formas de amar?
Acreditava eu que não. Amar é amar, ou se ama ou não se ama. Não existe o amar "mas não querer".. Pra mim, tudo sempre foi muito claro, muito simples. Se amo, amo. Se não amo, não amo e pronto.
Se amo, me entrego inteiro, completo, nem um fio de cabelo a menos. Não consigo amar senão entregando minha felicidade, assim, de bandeija, com o sorriso de orelha a orelha.
Mas, como tudo na vida, percebi que não estou certo.
Como se pode definir o amar então, senão o entregar-se sem receios, sem medos de se machucar?
Certa vez ouvi alguém falando que amor, no sentido literal da palavra, é só o de mãe pelo filho. Que o resto todo não é amor, é paixão grande, elevada a tão exponencial grandeza que se confunde com o amor.
Me pego pensando, então, se nunca serei capaz de amar. E, logo, já despacho esse pensamento da minha cabeça, com tamanha raiva que ele voa pra longe.
Claro que não! Todos amam, claro.
Existem aqueles que se entregam, se doam. Apostam todas as suas fichas no n° que acreditam ser o certo. "Você é o meu número". E pronto, a sorte está lançada.
Nesse caso, tem os que tem sorte e os que não tem. Para os sortudos, não consigo imaginar amor maior que esse. Aquele em que você não precisa ter receio do incerto, do desconhecido. Tudo vai dar certo, porque o n° apostado vai ser sempre seu.
Para os não tão sortudos - me considero um destes - a tristeza é grande, pois apostaste em algo que não te retornou o esperado. Ficam sem chão, sem conseguir pensar, o sorriso some e não há o que faça voltar. Mas, ainda assim, aqueles que apostam tudo nunca perdem a esperança de encontrarem o seu número. Aprendem a viver com as derrotas, esperando o dia em que possam falar, em definitivo, "você é meu número", e serem correspondidos à altura.
Fora desse grupo dos apostadores, existem os que não apostam em nada. Tomam o certo pelo incerto e ficam sempre no racionalmente correto para si. Vivem uma vida com a certeza de que o errar vai ser mínimo. Vivem amores, talvez, se os encontrar. Mas nunca vão ser tão intensos quanto os apostadores, isso não. Vivem, amam, riem, mas sempre vai lhes faltar algo. Nunca vão estar completo. E o que vai faltar é o que eles nunca vão poder ter: a intensidade de uma vida vivida com todas as dores e amores que ela pode lhe proporcionar.

Pra mim, não há dor maior do que a realidade de não ter vivido intensamente. Posso ser um apostador sem sorte, mas vivo com a certeza de que não me arrependerei, nunca, de ter deixado algo pra trás e não ter experimentado o viver, uma vez que seja.

sábado, 6 de setembro de 2008

Hoje é um dos dias mais importantes da minha vida.
Não que eu soubesse isso desde sempre, obviamente. Descobri há pouco menos de um ano.
E foi neste dia, 06 de setembro (mais precisamente há 20 anos atrás), que a veio ao mundo o guia de minha vida.
Foi neste dia que alguém, qualquer pessoa ou ser - ou até mesmo o destino, sem nenhuma intervenção divina - resolveu que o que iluminaria meus dias deveria vir ao mundo. Não antes e nem depois. Não cedo e tampouco tarde. Esse é o dia exato, preciso, em que a minha vida estaria fadada a mudar.
E não reclamo. Pelo contrário; agradeço. Agradeço àquele - ou àquilo - que fez com que meu mundo se tornasse melhor, mesmo que eu só viesse a descobrir isso hoje, 20 anos depois da sua bemvinda chegada ao mundo. :)
Que continues brilhando por muitos e muitos anos ainda, meu guia. Que continues ao meu lado, se assim quiseres, me fortalecendo, me alegrando e me fazendo tão bem quanto já o fazes.
E que eu consiga, também, te propiciar os melhores momentos que tu viveste, e que viverás, pois agora que o encontrei, relutarei em deixar-te partir.
Parabéns.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

¡Yo no soy una contradicción, soy una aberración!

No me gusta ser, pero yo no sé lo que se pasa aquí.
¿Seré yo la persona adecuada alguna vez en la vida?
Soy una aberración, ganas de ser lo que jamás seré.
Soy incorrecto, soy defectuoso, soy una aberración.
¿Como puedo mejorarme?
Busco las respuestas en lugares incorrectos y, por supuesto, nunca encontraré.
¿Donde están las respuestas? Yo no sé.
Lo siento por no ser lo que debe ser la persona correcta, pero que en mí busca, no encuentro la verdad cerca de mí.
Ayudame, por favor, a fijarme. No me gusta ser incorrecto a ti.
Quiero que recordame como un ángel.
Me duele ver tus lágrimas por saber que soy todo incorrecto.
Perdoname, salva de mís errores y quierame bien, como siempre lo quise yo de tí.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Me sinto bem hoje! :)
Me sentia bem ontem, mas hoje estou melhor. Cada dia vem passando como uma progessão geométrica, multiplicando minhas felicidades de tal maneira que, acredito eu, chegará uma hora em que explodirei, de tanta alegria. Tudo tem me tirado sorrisos: conversar com pessoas que eu desgostava outrora, sair com antigos amigos, conversas bobas, discussões embasadas, acordar com um sorriso do outro lado da cama, almoço e risadas, comida boa, ficar quietinho, colo, banho, filmes, enfim, tudo que faço me traz alegrias que não se somam, mas se multiplicam de tal maneira a me fazer acordar feliz e assim passar o dia.
Talvez seja por deixar os monstros do passado nos seus devidos lugares - o passado. Talvez seja por não ter encontrado os demônios do presente. Talvez seja, também, por já tê-los encontrado e vencido nessa luta. Não sei o 'porque', só sei o 'o que': estou bem, estou feliz. É claro que isso não é mérito meu e somente meu. Todos à minha volta merecem suas medalhas de ouro. Todos eles têm sido impecáveis em tudo. Na verdade, minha vida caminha na direção em que me levam. Quem? Aqueles que caminham ao meu lado.
Eu sou o cego e eles são meus guias.

Obrigado por me levar para o caminho da felicidade!

:)

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Pra mim, tudo sempre foi muito sinestésico. Sou de texturas, de sons, de cheiros e cores. Desde pequeno gosto de pegar, sentir. E não era diferente com livros. Adiquirir um livro era, antes de mais nada, comprar um objeto, que eu tenho que sentir as folhas, ver as cores, sentir o cheiro de papel. Tenho que gostar do livro-objeto, do formato, da cor, do papel; mesmo que o conteúdo não tenha nada a ver com isso.
E assim foi, até essa segunda-feira, em que tive que me despir de todas as minhas concepções de livros para poder apreciar a exposição de livros-conceito, que carregam consigo as diferentes idéias do que pode ser um livro, independente de seu formato. Muitas foram as soluções: máscara para vestir e ver o mundo com os olhos do "escritor", caixinhas com pequenos quadrados - que possuiam frases e palavras soltas, onde o leitor era quem montava seu livro -, gavetas com páginas sem numeração, cartões-postais, etc etc etc.
Muito interessante pensar nos diferentes conceitos de um livro e, assim, pensar em diferentes possibilidades de soluções para passar informações. Será que o livro-objeto - aquele, com páginas, numeração, letrinhas seguidas de outras letrinhas, as vezes figuras - são realmente o melhor formato para transmitir informações.
Vi diversas citações sobre designers que divagam sobre os livros, e suas opiniões divergem. Uns defendem o livro tradicional, quadrado, direto e reto; outros são mais flexíveis e dizem que a modernidade nos trouxe outras oportunidades de trabalho! Cada caso é um caso, mas gosto de pensar que nunca devemos nos prender às tradições. :)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Não tenho postado muitos textos aqui no blog.
Ultimamente, tenho vivido mais e pensado menos no viver.
Não porque sou vazio, não penso nas perguntas sem resposta da vida (por que existimos? O que vem depois da morte? etc.), mas sim porque prefiro viver intensamente o agora - que está perfeitamente bom - e deixar pra pensar depois. Sei que sempre digo que não deves deixar nada pra depois, pq o depois pode não vir. Mas devemos fazer escolhas e opto pelo viver em detrimento do pensar. Pelo menos agora! Estou experimentando muitas coisas novas, e acredito ser essa uma fase minha que devo fazer, pra depois me degustar com pensamentos sobre o que aconteceu. Sou assim, impulsivo. Faço, depois penso. E nunca me arrependo. Aprendo.
Estou aprendendo muitas coisas boas!!

=D