quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Pra mim, tudo sempre foi muito sinestésico. Sou de texturas, de sons, de cheiros e cores. Desde pequeno gosto de pegar, sentir. E não era diferente com livros. Adiquirir um livro era, antes de mais nada, comprar um objeto, que eu tenho que sentir as folhas, ver as cores, sentir o cheiro de papel. Tenho que gostar do livro-objeto, do formato, da cor, do papel; mesmo que o conteúdo não tenha nada a ver com isso.
E assim foi, até essa segunda-feira, em que tive que me despir de todas as minhas concepções de livros para poder apreciar a exposição de livros-conceito, que carregam consigo as diferentes idéias do que pode ser um livro, independente de seu formato. Muitas foram as soluções: máscara para vestir e ver o mundo com os olhos do "escritor", caixinhas com pequenos quadrados - que possuiam frases e palavras soltas, onde o leitor era quem montava seu livro -, gavetas com páginas sem numeração, cartões-postais, etc etc etc.
Muito interessante pensar nos diferentes conceitos de um livro e, assim, pensar em diferentes possibilidades de soluções para passar informações. Será que o livro-objeto - aquele, com páginas, numeração, letrinhas seguidas de outras letrinhas, as vezes figuras - são realmente o melhor formato para transmitir informações.
Vi diversas citações sobre designers que divagam sobre os livros, e suas opiniões divergem. Uns defendem o livro tradicional, quadrado, direto e reto; outros são mais flexíveis e dizem que a modernidade nos trouxe outras oportunidades de trabalho! Cada caso é um caso, mas gosto de pensar que nunca devemos nos prender às tradições. :)

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