quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Le coeur

O coração quebrado está.
Partido em milhões pedaços.
Brilham suas últimas faíscas
que em uníssono já cantaram.
Emitindo luz tal que se assemelhava ao luar.
Roubou-me o coração inteiro e agora o devolve aos cacos.
Este coração agora descansa em paz.
Ele foi teu e seu permanecerá.
Não mais me pertence o coração inanimado.
Batia por ti, e por ninguém mais pulsará.
Tum.
Último suspiro do coração agora morto.

Cultivo outro agora no lugar.
Bate, coração, bate.
Pulsa forte e novo, abre tuas portas
e, sem lágrimas mais, exalta-te.
Para que possa alguém, um dia quem sabe, vir e me roubar.
E vivo a perder corações.
Mas não me canso de os cultivar.
Muitos, sempre.
Para que veja seus clarões
e, assim, possa, doloso, viver o meu sonhar.

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